Inverno, chegaste?

A julgar pelas temperaturas de ontem, acho que a resposta será sim! Estou feliz por te ver, por te sentir!

É claro que não nego que gosto dos dias quentes e grandes, das longas horas de claridade, das esplanadas e das roupas frescas. Da mesma forma que não posso deixar de confessar as minhas origens e o quanto adoro este brilho arrepiante que pede pelo aconchego de um cachecol, pelo quentinho de uma manta, pelo sabor inigualável de um chá a ferver.

E parece que este ano foi assim de repente que as montanhas começaram a falar connosco. Numa mensagem macia, fofa, branca e pura o mundo revelou-se belo.

Estância de Ski da Serra da Estrela
Estância de Ski da Serra da Estrela

Inverno, que sejas bem vindo! Já estava há muito à tua espera, enche-me de coisas boas: chá quentes, bolachas acabadas de fazer, comidas de forno, castanhas assadas, requeijão, doce de abóbora, bolo rei, chocolate e… sei lá… A família muitas vezes à volta da mesma mesa!

Sair… Regressar…

Sair…

O cansaço, o aborrecimento, o tédio… No fundo a insatisfação dos dias iguais que se repetem num tom monocórdico sem nada que os distinga. A falta de momentos diferentes, especiais, surpreendentes! Nasce então aquela vontade de virar as costas, de dizer até qualquer dia, de ir sem pensar em mais nada…

Bom é fazer planos, rotas, roteiros! Bom é traçar caminhos novos, é encher cadernos de tarefas a cumprir para depois irmos embora. Bom é fazer as malas! Arrumar a roupa a sonhar com os dias em que a vamos usar: a praia e os bikinis, o sol e o chapéus de palha, a água da piscina a escorrer na toalha! As sandálias novas, os vestidos que há tanto tempo queremos tirar do armário e… bem, aquela montanha de livros que está tão ansiosa como nós para juntos fazermos a viagem!

Bom é sair!

Regressar…

As saudades de casa, da família, do abrigo e do aconchego… As saudades daquelas coisas que ficaram e que agora nos parecem tão indispensáveis: a nossa almofada, não há outra no mundo que seja tão perfeita! O sofá, as flores, a água e o café! Conhecer outros mundos vai-nos mostrando como as imperfeições do nosso pequeno lar são incomparavelmente melhores que tudo!

Bom é saber que temos um lugar que nos pertence, que somos feitos da mesma matéria que aquele cantinho na terra. Que pertencemos a um lugar e a alguém e então começamos a ansiar os abraços. Bom é ter família e amigos, bom é sentir saudade, bom é fazermos as malas outras vezes!

Então voltamos a arrumar os vestidos e os bikinis e os livros e mais uma série infinita de coisas, porque quem saiu volta sempre mais rico. Os fechos das malas apertam-se à força, empurrados pelo volume dos dias diferentes, cheios de momentos especiais e surpreendentes! Porque também queremos voltar para podermos partilhar tudo o que vimos e aprendemos, o mundo é lindo, apesar de todos os seus recortes menos bem feitos!

Bom é regressar!

PS: E que tal mais uma viagem para depois? Começamos já a planear?

Aos 30 continuamos jovens!

Faz hoje um mês do meu aniversário, já estou nos trinta e hoje uma amiga junta-se a mim! Mais uma vez cá vamos a par nesta aventura que é estar vivo. Por isso mesmo, resolvi escrever-lhe uma mensagem… para a preparar para o que aí vem!

Amiga, prepara-te!

Os 30 são…

Iguais a qualquer outra idade! Não vais acordar mais cansada nem te vão começar a aparecer rugas a torto e a direito, nem vais ter reumatismo precoce nem energia a menos, não vais precisar de ir a correr para a farmácia nem para as sessões de estética avançada! Aos 30, continuamos jovens!

Continuamos jovens com as rugas de todos os anos porque elas não aparecem por causa do tempo, mas com aquilo que nós decidimos fazer com ele somado com aquilo que ele faz connosco. Aos 30, acordamos com as rugas dos 10 e dos 15 e dos 18 e dos 20 e dos 25 e de cada um dos momentos em que rimos e chorámos as nossas vivências. Não há idade sem preocupações assim como não há idade sem sonhos e nós vamos andando entre uma coisa e outra. Chegar aos 30 não é envelhecer, é continuar a crescer… tal como quando fizemos 10 anos ou 20 anos. E é claro que a vida muda, que a vida nos muda. Porque mudam os nossos sonhos, porque mudam as nossas preocupações. Assim como foram mudando os nossos conhecimentos, as nossas obrigações e as nossas responsabilidades.

Hoje sei que não precisamos de ter medo deles, dos 30, não os podemos olhar como um bicho-papão. O desconhecido assusta sempre, mas coragem é ter medo e mesmo assim seguir em frente. E é com esse espírito que temos que os viver. Tal como fizemos quando não sabíamos andar e nos aventurámos no passo seguinte, tal como quando não sabíamos ler e nos soltámos para juntar mais uma letra, tal como quando não sabíamos amar e nos deixámos apaixonar pela primeira vez, tal como quando não sabíamos cozinhar e fizemos a primeira sopa, tal como quando não sabíamos cuidar de nós e fizemos as malas ruma à independência, tal como quando não sabíamos ser uma metade e nos prendemos para sempre!

Seria assustador chegar aos 30 se o nosso caderno estive em branco. Como disse uma amiga minha há um mês no meu jantar de aniversário: “Ter 30 anos só é uma coisa má se não construíste nada na tua vida.” Ela ainda nem sequer chegou lá, mas está cheia de razão. Assim como estão cheias as nossas vidas! É verdade que não há anos sem coisas más, as rugas das lágrimas existem a sulcar-nos o coração. Mas também é verdade que que não há anos sem coisas boas e essas são as rugas que temos no rosto: as rugas do sorriso que estas a abrir agora, do riso, das gargalhadas!

É com essa alegria que temos que temperar os 30. Afinal a vida é uma dádiva que temos que agradecer. Todos os dias amanhecem felizes: por nos sabermos vivas, saudáveis, amadas! E por ser assim há 30 anos!

 

Obrigada

Fiz anos há mais ou menos uma semana e por isso mesmo acho que está mais do que na hora de parar… Parar para respirar, para refletir, mais e acima de tudo, parar para agradecer.

As coisas não nos acontecem por acaso: há toda uma energia à nossa volta que nos encaminha para onde devemos estar! Temos que saber estar atentos, temos que saber estar disponíveis para colaborar, temos que saber dizer que sim, dizer que não, dizer obrigada.

Nestes dias mais especiais que vão pontilhando a nossa escrita passamos os olhos por todos os parágrafos que já vivemos, vamos saltando a leitura de frase em frase e vamo-nos lembrando de que andamos por cá por algum motivo. Vamos dando as mãos com as pessoas que encontramos nas entrelinhas…

E é nesses momentos que queremos guardar o mundo inteiro no coração: o mundo do passado para que não desapareça, o mundo do presente para que não nos fuja, o mundo do futuro por tudo o que ainda há a fazer.

A vida é sem dúvida uma coisa fantástica!

Obrigada a todos!

 

Sobre o Eu que espreita nesta Janela

Ando por aqui a espreitar neste Janela já há mais de 4 anos e hoje lembrei-me de entrar na minha página de apresentação… já quase me tinha esquecido do que há tanto tempo lá havia escrito! Comecei a ler: “Eu gosto… eu não gosto… Tudo isto faz parte do que sou… ” e fiquei impressionada com as coisas de que gosto e não gosto e de ver assim ali a minha essência tão bem espelhada. Há coisas que nunca mudam! Jamais deixarei de gostar do sol, da poesia, do talento assim como será difícil aprender a gostar de despedidas, de café queimado ou de passar a ferro… E no entanto, sou aquilo tudo e tudo o mais que se foi colando a mim com o passar destes últimos anos!

Viver mais um aniversário é subir mais um degrau, assinar mais um capítulo, ganhar uma nova consciência da vida! É parar um pouco para pensar, olhar para trás, fechar as portas e seguir em frente. É isso que estou a fazer hoje…

Hoje faço anos!

Parei a olhar para trás, para fechar as portas que precisavam de ser fechadas!

E estou a seguir em frente e a abrir as janelas que precisam de ser abertas, como por exemplo a Janela de Cozinha!

E no meio de vendaval que vai dentro da minha vida, com tantas portas e janelas e imensa corrente de ar e de mudança, estou feliz por encontrar em mim aquela parte boa que está cá sempre, que vive no meu coração e nas entrelinhas destas palavras:

Gosto dos amigos, principalmente dos meus, gosto da família, das culturas e das pessoas, de algumas mais que de outras, de poucas gosto mais do que tudo, gosto de mim, dos meus, do meu passado, do meu futuro e do meu presente, mais que tudo gosto dos sonhos e do Amor!

 

13-12-13

Hoje é sexta-feira, treze, mas não é uma sexta, treze, qualquer! É sexta-feira, treze, do ano de dois mil e TREZE! Bem, até já me estaria a arrepiar se fosse supersticiosa ou se por acaso não soubesse que até já houve outra destas este ano… Cenas à parte, já explicadas anteriormente, hoje é um dia normal, mas daqueles em que as pessoas teimam em acreditar que podem acontecer coisas estranhas, estranhamente estranhas e ainda mais qualquer coisa a seguir! Sendo assim, isto significa que temos que estar atentos: olhos bem abertos, ouvidos à escuta, todos os sentidos em alerta.

Da minha parte, vou caçar a sorte! Afinal, se é sexta anda a roda o €uromilhões e estão muito mais que treze milhões em jogo. Vale a pena tentar ganhar uns trocos numa altura em que estamos na semana 50 e em que o sorteio é exatamente o número 100! Pela ciência dos números isto também tem algum significado, aposto dois euros nisso! Isto porque estou em Portugal, acabei de saber que os franceses vão passar a pagar 2,5€ quando fizerem as suas apostas. Desengane-se quem está a pensar que o governo, mais guloso que o nosso (que nos cobra 20% dos prémios chorudos), vai querer cobrar um quartos dos rendimentos em prémios… Nada disso!

No próximo ano, para quem jogar o Euromilhões em França, a sorte cresce com a possibilidade de ganhar um novo sorteio: “My Million”. As apostas passam a custar 2,50€ e a cada sorteio há mais uma possibilidade de ficar euromilionário!

Não sei bem porquê, mas estou a sentir uma vontade ainda mais forte de ir fazer umas visitas aos meus amigos que vivem por lá! Comecem já a preparar-se para as minhas visitas e avisem a Torre Eiffel que tenho muitas saudades dela!!!

Assim sendo e só por hoje ser TREZE, tenho a dizer que me sinto com SORTE!