Até parece mentira…

Até parece mentira, mas é verdade que estou de volta. Consegui encontrar um pouco de tempo para parar e deixar-me ser invadida pela vontade da escrita, pela necessidade da partilha, pela urgência do testemunho! Não me vou entregar a compromissos loucos de querer fazer deste presente uma constante, nem a promessas de voltar a janelar todos os dias, mas também não posso negar a felicidade de estar por cá e de poder voltar a navegar por estas ondas onde já me senti tão em casa.

2015 tem sido um ano complicado, muitas batalhas, poucas vitórias. Porém hoje o mundo ofereceu-me alento e acho que foi por isso mesmo que tive esta vontade imensa de agradecer. Nem sempre as coisas correm como nós queremos, nem sempre conseguimos controlar o que de si é incontrolável, nem sempre conseguimos conter as lágrimas. Mas também não podemos fechar os braços para sempre e rejeitar o carinho que nos chega por mensagens, por visitas, por correio. E se hoje tenho as faces coradas, foi dos beijos do sol e da certeza que tenho pontos de amizade em vários cantos do mundo e que nenhum deles me vai falhar! É por isso mesmo que apesar de todos os momentos de tristeza que têm marcado a minha história destes últimos tempos, não posso deixar de agradecer e de me sentir abençoada por ter pessoas tão fantásticas no meu mundo! Para cada lágrima houve sempre um abraço…

Neste momento em que escrevo sinto-me tranquila, feliz por ter conseguido alguma serenidade na turbulência que às vezes nos apanha sem querer, sem nós querermos. Entrei no ano novo cheia de sonhos, quase com certezas absolutas, e de um momento para o outro apercebi-me que nada valia nada, que nada é certo no pouco somos. Mas a primavera está a devolver-me a esperança e a força. Apesar de tudo e com tudo há sempre um caminho.

A música ajuda-me muitas vezes a ter essa certeza, mesmo quando ainda não estamos a ver bem por onde devemos ir… Esta foi o meu acordar de hoje, o primeiro abraço que o mundo me mandou:

Kings of Convenience

Cayman Islands

Deixe um comentário